um rio é quando
um pássaro
voa sem asas
e não tem pra onde ir
porque dor não tem morada
é mar
mar grande
feito a vagina de isabel
(a arte levou
seus braços
de condessa)
ou feito o bico
dos teus seios
à beira dos meus lábios
nuvens passam
de pernas pra cima
e descem como que
de lança em punho
sobre meus aduncos medos
e quando chegar
o dia de cinza
e quando chegar
o dia do pó
abrirão uma imensa
ferida sem cicatriz
terá a vida bis?
o amor é miragem
e esta rua pra
onde me levará?
estou cansado
e não sou deus
(hoje não vi
meu rosto
refletido no espelho)
mas voo adiante
mesmo sem asas
vou
um rio
é a vontade
de ir
uma vontade
de foz
e vou
e sigo
até o fim
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
sábado, 17 de outubro de 2009
A CASA
há quatrocentos anos
eu sonho
uma casa no mundo
varanda dos lados
wc com luar
ruas refulgentes
poltronas & sofás
há quatrocentos anos
eu sonho
uma casa marítima
alcova com beira-mar
padarias & jardins
vulva crepuscular
casa que é bar
vulgata vulgívaga
retreta lunar
mercearia
com pomares em órbita
e sonoros pardais
ou um negro coagido
por uma confederação
de poetas marginais
há quatrocentos anos
eu sonho
uma casa em desvario
sala de estar com sol poente
zoológicos & rios
terraços com auroras boreais
um porsche movido
a sonho
cocas & guaranás
casa que é mundo
rolando em mar profundo
casa que é casa
com uma manhã cada manhã
nascendo no ar na selva
casa trágica onde habitam
feras intramuros
há quatrocentos anos
eu sonho
um home sweet home
londres paris
montanhas carnavais
boulevards colibris
há quatrocentos anos
eu sonho
uma casa erigida
sobre a areia do sonho
eu sonho
uma casa no mundo
varanda dos lados
wc com luar
ruas refulgentes
poltronas & sofás
há quatrocentos anos
eu sonho
uma casa marítima
alcova com beira-mar
padarias & jardins
vulva crepuscular
casa que é bar
vulgata vulgívaga
retreta lunar
mercearia
com pomares em órbita
e sonoros pardais
ou um negro coagido
por uma confederação
de poetas marginais
há quatrocentos anos
eu sonho
uma casa em desvario
sala de estar com sol poente
zoológicos & rios
terraços com auroras boreais
um porsche movido
a sonho
cocas & guaranás
casa que é mundo
rolando em mar profundo
casa que é casa
com uma manhã cada manhã
nascendo no ar na selva
casa trágica onde habitam
feras intramuros
há quatrocentos anos
eu sonho
um home sweet home
londres paris
montanhas carnavais
boulevards colibris
há quatrocentos anos
eu sonho
uma casa erigida
sobre a areia do sonho
domingo, 4 de outubro de 2009
SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO
me judias de beijos
neste dia tão cristão
depois me crucificas
de prazer em plena
sexta-feira, de paixão
neste dia tão cristão
depois me crucificas
de prazer em plena
sexta-feira, de paixão
sábado, 30 de maio de 2009
TUAS LUAS
como são lindas
essas luas
fora do teu corpete
na noite
que ruge nuvens
brilham aterradoras
lindos
faróis
estrelas auxiliadoras
essas luas
fora do teu corpete
na noite
que ruge nuvens
brilham aterradoras
lindos
faróis
estrelas auxiliadoras
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Quem sou eu
- Águia Mendes
- Poeta paraibano, nascido na Cidade de João Pessoa, e autor dos seguintes livros: Jardim da infância, Bíblia profana, Blue para um cadáver sonhador, O livro do adivinhão, Sol de algibeira e Um boi pastando nas nuvens (poemas infantis).